Marcus Ottoni
"É uma vitória de merda."
Chávez, sobre a vitória do Não no referendo de domingo sobre a reforma constitucional na Venezuela.
"Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante, mudar de acordo como as coisas mudam. Eu não tenho a dureza do manifesto de um partido comunista ortodoxo, que diz que tudo já está escrito."
Lula, justificando posições antagônicas à CPMF do ontem candidato e hoje presidente.
Alexandro Gurgel
BOEMIA
Estado da alma. Elevação do espírito. Generosidade de vida.
Festa todos os dias. Perspicácia. Fino humor.
Música. Cores. Poesia. Informação e amizade.
Tudo isso é boemia, que é mais. É acolhimento, abraço, uma conversa sem fim, sorrisos, gargalhadas, carinho.
O templo é o bar, a casa que celebra a liturgia etílica.
Balcão, mesas, cadeiras. O copo, a bebida, a parede - tira-gosto.
Brindes, confraternização.
Futebol, acontecências, mulher, homem, política, religião, o bar é a salvação do mundo, do país, da flora e da fauna, do meio ambiente, da alma.
Boemia é calor humano, elegância. O bar, o berço aconchegante, a fábrica de boatos, o depositário destes.
Ali, os grandes tornam-se menores; os menores, maiores em suas louvaminhas; o homem da lei proseia com o contraventor.
Na mesa de boemia, o homem se faz generoso: paga para quem não conhece; e também se faz avaro.
Como templo, o bar tem seus santos e a eles o que bebe a cana faz reverência, derramando sobre o chão um pouco da dose que o levará às próximas.
No bar é preciso proteção, sim. Do santo e contra maus olhados, inveja, maledicência, perdição, cirrose.
Boemia é ode a Baco, alegria, amigos, felicidade, acolhimento, abraço, conversa sem fim, sorrisos, gargalhadas, carinho, emoção, sede e gula, prazer.
Eduardo Alexandre