"A sensação que fica é a de um fura-bolo de prática mindinha, com um maior de todos em nossa direção e um seu-vizinho sorridente, no usufruto do que se recebe."
Eduardo Alexandre
Paradoxo do crescimento... 9,7 milhões de pessoas admitidas, quase 8,4 milhões demitidas...
É um sofrimento a leitura dos jornais do (nunca antes neste) país. É um caldo de infelicidade que debilita o mais ufanista de todos os brasileiros, menos o auto-proclamado maior de todos.
A sensação que fica é a de um fura-bolo de prática mindinha, com um maior de todos em nossa direção e um seu-vizinho sorridente, no usufruto do que se recebe, porque deu um voto qualquer sabe-se lá em que condições: por uma cesta-básica; para absolver um colega de práticas imorais iguais às suas?
O paradoxo é que a desconfiança em tudo realmente cresce, enquanto a Nação começa a se sentir a cada dia mais espoliada, enganada, ultrajada em sua decência, vilipendiada enquanto condição de Nação cidadã.
Como acabar com isso, não sabemos. E, se soubéssemos, o pior: a quem entregar o timão, o leme, não temos.
Nunca fomos tão infelizes.
Eduardo Alexandre de Amorim Garcia
Referência
Despesas com seguro-desemprego mais que dobram em cinco anos - Pagamentos feitos pelo Ministério do Trabalho saltaram de R$ 5,7 bilhões em 2002 para R$ 12,7 bilhões este ano
Sérgio Gobetti e Ribamar Oliveira
http://www.estado.com.br/editorias/2007/09/24/eco-1.93.4.20070924.9.1.xml