
"Nossa estratégia tem de, claramente, se opôr às tendências sinistras de associar o terrorismo com o Islã e à discriminação contra muçulmanos, que está incentivando uma alienação entre o mundo ocidental e o mundo do Islã."
Pervez Musharraf, presidente do Paquistão

Becodalamense Olinto Rocha, memória e saudade
MANDALA
Como aprender
O soar da palavra?
Como aceitar
O curto momento?
Como entender
O inexplicável?
Como esperar
O que não chegou?
Como evitar
O que não aconteceu ?
Como tocar
O que não foi seu?
Como terminar
O que não começou?
Como escutar
O estrondoso silêncio?
Como decifrar
A rota do sol?
Deborah Milgram
O chão dos maiorais

Por trás da Rua Direita
a pobreza das casas de palha
Entre elas,
a Rua do Meio
Na verdade, um beco de águas servidas
Mau cheiro, lama
- e doces sem-vergonhices -
Alvenaria chegando
choupanas substituídas
a pobre Rua da Palha
ficou rica, charmosa
Vieram desfiles, festas
virou chão de maiorais
Os primeiros carnavais foram ali
também, os sábados de zés-pereiras
Rapazes em festa na rua
moças discretas, em altas janelas
Rua de poetas, políticos
seara de intelectuais
Palco de cultura e perfídia
comércio,
Maçonaria
Boemia do Potyguarânia,
noites sem fim de cachaça
serestas, amores
de lá planejou-se a cidade
E muitas conspirações.
Eduardo Alexandre
MEU SONHO DE CARNAVAL
Poema Erótico
Quero te encontrar na cama,
literalmente despida.
Debruçada no colchão,
languidamente estendida.
Com as pernas semi-afastadas,
nem totalmente acordada,
nem tampouco, adormecida.
Ao te ver naquele estado,
sinto uma alegria imensa.
Tu sentirás um arrepio,
que é a minha presença.
Te percorrendo inteirinha,
ao longo da tua espinha,
sem, sequer, pedir licença.
Sentirás a minha boca,
umedecendo tua nuca.
Ao morder as tuas costas,
nem causa dor, nem machuca.
E com beijos atrevidos,
lambidas em teus ouvidos,
quero te deixar maluca.
Entre a cama e o teu corpo,
acomodo as mãos, com jeito.
Enquanto beijo por trás,
teu corpo, mais que perfeito.
E assim, oh! Musa querida,
contente e feliz da vida,
te massageio cada peito.
Que se arrepiam, de pronto,
com meus dedos enxeridos.
Deixando em alerta total,
em ti, todos os sentidos.
Os teus pelos, eriçados,
o teu púbis, orvalhado,
mamilos, enrijecidos.
Continuo percorrendo,
tal qual um desbravador,
abro caminhos incríveis,
em teu corpo sedutor.
E tu, ali alma gêmea,
soltando o cheiro de fêmea,
teu perfume embriagador.
A minha boca não pára,
de explorar tuas estradas.
Tua boca pronuncia,
palavras apaixonadas.
Sem fazer qualquer barulho,
eu, de cabeça, mergulho,
em tuas coxas afastadas.
Viro teu corpo pra cima,
com a barriga p’ro ar.
Qual peão a uma poltranca,
chucra, tentando domar.
Numa louca cavalgada,
montado em ti, desvairada,
quero ao clímax chegar.
Tu em transe, desvairada,
me querendo mais e mais.
Pela boca e outras portas,
pela frente e por detrás.
E eu te amando loucamente,
beijo apaixonadamente,
os teus lábios verticais.
O teu néctar de amor,
em profusão a jorrar.
Entre orgasmos e estertores,
tuas coxas a me imprensar,
deixam-me extasiado,
com o peito acelerado,
mal podendo respirar.
Isto seria, querida,
felicidade total.
Te amando fora da conta,
em orgasmo pleno, geral.
Com amor, junto com tesão,
eu realizava, então,
MEU SONHO DE CARNAVAL...
Bob Motta