“Alguns países podem ter acesso a alta tecnologia nuclear, os outros podem apenas produzir suco de frutas e pêras!"
Ari Larijani, negociador chefe do Irã
A Orquestra sinfônica do Rio Grande do Norte e o Quinteto Violado realizarão um grande concerto popular na sexta-feira, 25 de agosto, às 21 horas, no Anfiteatro da UFRN. O ingresso é gratuito!
Osvaldo D'Amore, Maestro
À diretora da Fundação José Augusto
Doutora Isaura Amélia Rosado Maia
Professora Isaura,
Na qualidade de cidadão natalense, nascido nos começos dos anos 50 no pé-dos-morros da chamada Solidão, hoje Tirol, onde colhia e comia camboim, araçá e guabiroba; e menino veranista do Maruim, do outro lado do rio, na chamada Redinha, onde assisti pela primeira vez os autos folclóricos dos bois e das pastorinhas, fandangos e lapinhas; a peleja dos pescadores para posicionar a Santa protetora dos Navegantes a contemplar o mar bravio, de onde não sabiam se voltariam sem a sua proteção e rogos; onde o cheiro doce do dendê me salivava a boca; onde conheci memoráveis figuras das artes potiguares, como Navarro e João Gualberto, e políticos como Djalma Maranhão e o nosso primeiro mecenas Sylvio Pedroza, venho solicitar desta Fundação o urgente tombamento, a título de preservação patrimonial, do parque arquitetônico hoje contemplado no chamado largo João Alfredo, naquele paradisíaco balneário:
Mercado Público,
Redinha Clube,
Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes (a chamada Igreja de Pedra, dos veranistas) e a
"capelinha branca", dos pescadores nativos do lugar.
Certo de contar com o atendimento, em função do valor sentimental que o referido parque encerra, agradeço desde já, em meu nome, e em nome dos muitos que amam o mais poético de todos os poéticos recantos desta nossa Natal amada, ao tempo que manifesto a minha grande admiração diante da trajetória que esta filha de Dix-sept vem firmando em defesa da arte e da cultura em nosso Estado, trabalho que merece de todos nós norte-riograndenses os mais calorosos aplausos.
Em Natal/RN, 24 de agosto de 2006
Eduardo Alexandre
Poeta
(Depois de Postado)
Caro poeta,
não podemos deixar de recorrer aos "anéis" da história:
o nosso primeiro mecenas não foi o atlético Pedroza (vice, com sorte)
mas, o irmão de Pedro Velho
(articulista da velha república que elegeu
irmãos, genro e xeleléus oligárquicos),
Alberto Maranhão.
Administrou o Estado em duas ocasiões (1900/19004 e 1908/1913),
sendo o mais novo governador do Estado (26 anos e nove meses),
na primeira gestão (1900/1904),
na sombra do irmão/mentor da República nestas plagas e
influenciado por Henrique Castriciano,
editou em março de 1900 a primeira lei de incentivo à cultura
da República em todo país - êita província metida a besta.
Importante lembrar que o mesmo,
inaugurou o Teatro Carlos Gomes, que hoje tem o seu nome.
Também ficou famoso por ter propiciado
festas homéricas no Palácio da Cultura
(foi ele que transferiu a sede do governo do Casarão da Ribeira,
para a atual pinacoteca, deixando o caminho livre para o Wander Bar)
para uma Natal embebecida numa belle època retardatária.
Só a história salva
o resto, bobagens
meu bobo
bobagens...
Plínio Sanderson
Caro Dunga,
Parabéns pela iniciativa! A Cidade do Natal sente-se grata pelo seu esforço, seu carinho pelos becos e pelas pedras que contam histórias.
Abraço forte... e conte conosco.
José Correia Torres Neto
Uma rainha para Engady
Hoje ganhei um presente
Como nunca imaginei.
Um presente imenso, digno de corte
feito não para um bobo
mas para um rei
Sem que eu esperasse
Ela me fitou e passou às minhas mãos
um calhamaço
E disse:
- É seu. Cuide dele.
Abri o envelope pesado
Estava lá, como se a escritura fosse
um processo
confirmando o que ela dizia.
Sim. O castelo mudara de mãos
e caberia a mim agora zelar por ele
Logo eu, o bobo
O Castelo de Engady
aos meus cuidados
Todo meu.
Agora, refeito do susto
da surpresa, pergunto
devo levar ao castelo uma rainha?
E acho que sim.
Vou buscar uma rainha para Engady...
Eduardo Alexandre