segunda-feira, dezembro 24, 2007

ESTRELA DO MAR

Marcus Ottoni

"Se tentarem me derrubar, terão que me tirar morto do Palácio do Governo."
Evo Morales, presidente da Bolívia


Travessura

a lua

na poça da rua

finge-se estrela do mar.

Márcia Maia



Madama Baticum

Aroldo Martins


Tontas iaiás balouçam os corpos revoltosos num rendilhado de saias alvoroçadas, multicoloridas, num ritmo de tantãs atordoando os enfeitiçados.

Os atabaques percutem em estonteante pulsação, mesmerizando as iaôs dançarinas - algumas, manifestadas, desatando a rir em achaques e tremeliques - ululando ao léu, noivas de uma lua em sombrio e tenebroso minguante.

Um mão-de-faca acende bugias. O terreiro reluz na penumbra num bruxuleio misterioso de flamas dispersas, entre sombras escondidas.

Longe, doce e harmoniosa corimba é entoada, enquanto atravessas com mavioso canto o espesso negrume dos incensos, os olhos estranhamente luzidios fulgurando na meia escuridão.

Albina, gema do Areal, dona de perfumadas noites de macumba, rainha dos encantados hotentotes, maga da indiara cabocla, é bem-vinda mãe.

Senhora dos seres dos mares, conselheira da mãe-d’água, tu que abafas o silvo da pérfida caninana, livra-nos da besta-fera, afasta-nos dos hodiernos miasmas da Ribeira.

Se, num teu pesadelo, ao vislumbrares, em soturna noite de trovoadas no Refoles, um vulto chagado cavalgando uma mula-sem-cabeça e que, em disparada, uiva, paralisando as ostras, gorando as ninhadas dos pequeninos maçaricos, manda-o de volta para a aldeia, mãe: aquele é o calunga de Zé Pretinho, nosso primeiro enforcado oficial.

Mas, se em tua mansuetude dormitas entre nuvens e em lindos sonhos avistares um caboclo velho soprar volutas de um boró, provocando o panapaná das borboletas; colher a dália e; espantar a osga cantarolando a música do primitivo gentio, traze-o, mãe, faz ogã de mim, cambone teu, e desce, Albina, baixa nesse povo que te ama aquele que mexeu com catimbó; aquele que tudo sabe, faz e acontece, esse buliçoso e serelepe Zé Pilintra de marca maior: o encosto de Cascudo.



Rua da Conceição

Jeanne Nesi


Até o ano de 1700, existiam em Natal apenas duas ruas: a da Cadeia e aquela que era chamada O Caminho do Rio de Beber Água, hoje representado pelas ruas Santo Antônio e Conceição. Aquele rio de Beber Água era o antigo Rio Tiuru, Tissuru, da Cruz ou do Baldo.

Registro de concessão de terras, de 6 de agosto de 1791, refere-se à rua da Conceição atual, àquela época descrita como a “rua direita, que vai por detrás da matriz”. Em 1808 apareceu, pela primeira vez, a denominação da rua da Conceição, conforme documentação relativa a uma doação de terras, concedida pelo Senado da Câmara do Natal, em 14 de junho de 1808, a Antônia Rita.

Em data anterior a 1791, a atual rua da Conceição constituía-se apenas das cercas que limitavam os fundos dos terrenos, cujas frentes estavam voltadas para a rua da matriz. Existiam também no lado poente, o Armazém Real da Capitania do Rio Grande, ocupando o terreno onde hoje encontra-se implantada a sede do IPHAN, no Rio Grande do Norte, restando do velho Armazém, uma relíquia histórica – a parede de sua fachada posterior, construída em alvenaria de pedra e cal.

O capitão José Alexandre Gomes de Melo recebeu uma doação de terreno, em 21 de agosto de 1819, “para fazer casa no fundo da sua, em que mora, na rua da Palha”. A casa residencial já existente, onde morava José Alexandre foi o primeiro sobrado particular construído em Natal. O prédio chamado “sobradinho” ainda existe na rua da Conceição, encontrando-se tombado em nível nacional, nele funcionando o Museu Café Filho.

Em 1822, segundo informação de Pizarro e Araújo, existia o edifício da Fazenda Pública, na rua da Conceição, no mesmo local hoje ocupado pelo edifício do Palácio do Governo.

Até o início deste século, a rua da Conceição era pouco habitada, nela ainda havendo terrenos desocupados. Segundo Câmara Cascudo, “em 1834 havia um matagal espesso num dos lados. Tão denso que escondeu durante duas horas, os assassino do tenente-coronel José Leite do Pinho”. Em 1897 a Intendência Municipal realizou um recenseamento urbano. Joaquim Severino, o agente encarregado do censo da rua da Conceição, registrou a existência de 33 casas e 204 habitantes.

Com o objetivo de instalar o parque do atual Palácio do Governo, foi derrubado, em 1908, um trecho da rua da Conceição. Em 1914, outro quarteirão foi demolido, a fim de ser construída a atual Praça 7 de Setembro. Uma das casas destrídas era conhecida como a “Casa do Nicho”, a antepenúltima à esquerda, antes da atual Ulisses Caldas”. Aquela casa apresentava, na parede de sua fachada principal, um nicho, “fechado com portinhas de madeira. Abrigava um vulto de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da rua e origem do topônimo”.

A Casa do Nicho tornou-se um ponto de romarias, onde o povo parava para rezar, acender velas e pagar promessas. A edificação pertencia a joaquim Inácio Pereira (o 1º), passando posteriormente, por herança, às mãos do seu filho homônimo, o Comendador e Vice-Cônsul de portugal, joaquim Inácio Pereira (o 2º).

Em meados do século XX, Luís da Câmara Cascudo localizou aquela imagem de Nossa Senhora da Conceição, em poder da viúva de Calixtrato Carrilho, Idalina Pereira carrilho. Assim Cascudo descreveu a imagem:

“É uma figura de 29 centímetros e meio de alto, esculpida em madeira, num relativo estado de conservação. Tem as mãos postas, os pés ocultos em nuvens, de onde emergem cinco cabecinhas de anjos, encimando-a uma coroa de prata, já escura, de pobre valor. É trabalho de influência nitidamente portuguesa, denunciando a prestigiosa tradição dos santeiros de Braga, especialmente no manto ornamental, azul-oiro, no exterior e vermelho-oiro na parte interna. O manto não recobre a cabeça da imagem mas o faz um pano branco, com verso imitando brocado. Está com o pescoço nu, gola deitada e olhos de vidro".

Na rua da Conceição existiu um outro palácio, que serviu de sde ao Poder executivo no período de 1862 a 1869, o qual foi demolido juntamente com outros prédios, para nos terrenos ser construída a Praça 7 de Setembro.

Naquele velho palácio realizou-se um dos mais famosos bailes em Natal, no dia 2 de dezembro de 1868, em cuja ocasião foi servida, pela primeira vez na Cidade, bebida gelada. O gelo veio a Natal, embarcado desde o Recife.

No final do século XIX, concentravam-se na rua da Conceição, os principais jornais natalenses. "Ali vibravam as grandes folhas que apaixonavam centenas de correligionários e enfureciam outras centenas adversas. Ali viveu A Situação, do Dr. Henrique Câmara, em 1877; O Correio de Natal, de João Carlos Wanderley, em 1878; A Liberdade, órgão do Partido Liberal, em 1885; O Nortista e o Diário de Natal, de Elias Souto, 1895; A Capital, em 1908, de galdino Lima, Honório Carrilho e Juvenal Antunes e dezenas de jornaizinhos impressos nessas tipografias". Existia ainda naquela rua, o Bilhar Americano, a Alfaiataria de Gabriel Narciso Aranha, o Armarinho de Manuel Joaquim da Costa Pinheiro e a Padaria Flor de Natal, além de várias casas residenciais.

No terceiro quartel do século XX, a rua da Conceição sofreu outra mutilação, perdeu outro quarteirão constituído de valioso casario colonial, para dar lugar ao imponente e moderno prédio da Assembléia Legislativa.

Em recente restauração empreendida na praça por detrás da igreja matriz, pela Prefeitura Municipal de natal, o Caminho do Rio de Beber Água perdeu a sua principal característica, que era a ligação entre as ruas da Conceição e de Santo Antônio. O trecho foi fechado com o objetivo de ampliação da praça Padre João Maria. Uma pequena obra que prestou um grande desserviço à memória cultural da Cidade.

Atualmente a rua da Conceição está reduzida a um pequeno trecho. Nela destacam-se os prédios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, o Museu Café Filho, instalado no velho sobradinho e a casa onde hospedou-se o padre João Maria, quando chegou a Natal, para assumir a paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, atualmente ocupada pela sede da 3ª Sub Regional do Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio Grande do Norte.


Eu, por mim mesmo

Fernando Kallon


Sempre achei que toda confissão

não transfigurada pela arte

é indecente.

Minha vida está nos poemas.

Meus poemas são eu mesmo,

nunca escrevi uma vírgula

que não fosse uma confissão.

(Mário Quintana)


Infância e juventude no Tirol. Antiga rua Revisão, hoje Nelson Fernandes, próximo à praça Augusto Leite. Naquele tempo ainda havia mangueira, campo de pelada e terrenos baldios: o paraíso dos meninos vadios.

Amizade com a família Rebouças. Todos músicos: Marcos (falecido), Marcelo, Marcílio e Marcone. Os acordes do violão em serenatas, bordando o silêncio nublado das noites suburbanas. A infância embalsamada eternamente na pirâmide da saudade. Os primeiros versos vaga-lumes bailados na sombra.

O sangue fervendo nas veias em ebulição das aventuras.

Sonhando com os olhos vendados.

Quebrar o “gato no pote” da rotina.


“Caminho com todos que caminham. Não poderia permanecer imóvel, assistindo a procissão passar” (Gibran).


Primeira carona, de navio, aos 16 anos para a Bahia via Recife e Maceió. Chegada noturna em Salvador. Navio atracando ao largo: meu primeiro “Descobrimento do Brasil”. Batuque de atabaques do candomblé e toques de berimbau. A magia e o mistério da malícia e da ginga do bailado da beleza negra enluarada no jogo de capoeira de Angola. “Salve o mestre Pastinha, salve os filhos de Zumbi, capoeira de Angola se pratica por aqui” como diria meu camarada e amigo do peito Iaponan Camafeu de Ogum.

Na madrugada, saveiros silenciosos que partem, navegando com suas velas brancas beijadas pela banda refrega do vento sudoeste. Proas apontadas para esverdeada tocha da estrela da manhã. Pendurada na cumiera do céu, como uma aranha luminosa, tecendo com seus raios sua teia na sombra, a estrela Aldebarã. No jardim nublado do tempo, a neblina aguando a rosa dos ventos. Navegar é preciso. Viver “nunca” foi preciso.

Calça o leme, finca o mastro, abre o pano, amarra os “tais”, aperta a mura, puxa a escota, que o vento é em popa, não precisa bordejar. Joga água no pano proeiro, que nos vamos marear pras águas lá de fora, das ondas de alto mar, do reino encantado da Rainha Iemanjá, Janaína, Inaê, Marbô, Dandalunda, Mãe Sereia, Princesa de Aiocá. Quantos nomes ela terá? Só o devoto saberá!

As canções praieiras de Dorival Caymmi: o guru musical do mar.

Bahia: o deslumbramento!

O amor à primeira vista. O sonho realizado deixa o poeta maltrapilho de alma coroada.

Bahia: o encantamento!

Bahia, que depois eu voltaria, como alguém que volta para a amada.

Bahia: “Jorge” para sempre “Amado” . Vida “noves fora”: poesia...

Meu coração, cigarra vadia cantando de noite, cantando de dia.

“Não vadeia Clementina! Fui feita para vadiar...”

Volta para Natal. Tirol. A avenida Alexandrino de Alencar, era a fronteira para o bairro de Lagoa Seca. Do outro lado, a turma da “barra”. Raul, Garcia, Bianor e Paulinho Marinheiro.

Turma da Barra com sua discoteca universal, que abriu ainda mais o leque musical. Naquele tempo não era bom se aventurar para os lados da avenida 4 sem um cabo de aço como cinturão e um canivete no bolso. Pare! Olhe! Escute! Como em sinalização de cruzamento de via férrea, é prudente você seguir as instruções do aviso ao transpor os limites do gueto potiguar, para evitar acidentes fora do trabalho. No morro e na favela, o “perigo” é uma máscara de espantar otários. Se você tem passaporte de malandragem, dirija-se à plataforma de embarque e boa viagem. Noel Rosa só pode nascer no jardim da boemia. Que fiquem quietos os espinhos comportados. “Purifiquem-se pelo pecado”, como já dizia Rasputin. “Poetas do mundo todo, uni-vos”.

Década de 60: Natal em efervescência cultural. A turma do poema processo, Dailor Varela, Falves Silva e sua extraordinária exposição no “Francesinha”. Zizinho me empresta Neruda que eu nunca devolvi, me esqueci. Amnésia alcoólica. Ainda bem. Francisco Borges “França” da avenida 7, que me apresentou a maravilha da literatura russa, Dostoiévski, Gorki, Gogol, Tolstoi, Turqueiev, Maiakóvski, Pusckin, Lermontov. O músico João de Deus me apresenta a Walter Varela, “Berbe”, que me levaria pela primeira vez a Maracajaú. Formação do conjunto musical “os Berbes”, do qual, juntamente com meu amigo ariano, Graco Legião, seria compositor e participaria de um Festival de Música do SESC.

Ida para o Rio de Janeiro.

Intercâmbio poético com poetas anônimos que circulam pelos jardins do M. A. M. Morada no bairro do Estácio. “Se alguém quer me matar de amor, que me mate no Estácio” (Luís Melodia).

Viagem do Rio de Janeiro para São Paulo de trem com Dieter Bischoff, um pintor andarilho de Bremen, Alemanha. Viajamos grande parte do interior de São Paulo. Estadia em Ilha Bela, na casa do pintor basco Fernando Odriozola. Volta para o Rio de Janeiro.

Festival de Música de Pedra Azul, em Minas Gerais. Novamente Salvador, ilha de Itaparica.

Aracaju, Maceió, Recife, onde me fixei um tempo na praia da Barra de Jangada, quando ainda era ainda uma pacata aldeia de pescadores. Olinda.

O movimento hippie assanhando a cidade como uma caixa de marimbondo. Amizade com a tribo pernambucana. Grupo Ave Sangria, de Marco Polo. Dom Tronxo, Marconi Notaro, Lula Côrtes. Conjunto Semente Proibida, do baterista Israel. Julinho do IPSEP em dueto de violão e flauta com Graco Legião. Morada um tempo na praia de Candeias, que a lua cheia na noite incendeia.

De volta a Natal. Depois de um tempo na praia da Redinha, fazendo dieta de cachaça com peixe frito e tapioca, novamente a estrada da “Canção da

Estrada Aberta”, como o poema de Walt Whitman, “On the Road” do beatnik Jack Kerouac.

Fortaleza, Canoa Quebrada. Teresina, São Luis, uma cidade encantada como Salvador e Natal. Belém do carimbó, do pato no tucupi, da maniçoba e do tacacá. Mercado Ver o Peso. Ilha do Marajó. Brasília, São Paulo. Santos. São Vicente. Novamente Natal. Praia do Meio. Molecagem na beira-mar. Rua do Motor. Morro de Mãe Luiza, Areal, Canto do Mangue. Rocas de todos os Canguleiros do mestre Itajubá.

Praia dos Artistas, Galeria do Povo, Partido do Povo Brasileiro, King Eduardo Alexandre, meu rei de “...e nem assim saberei”.

Maracajaú. O poeta hipnotizado por serpentes marinhas. Cantar as canções que Maracajaú canta dentro de mim. A continuação das canções “berbeanas” de Walter Varela, acalentando o silêncio noturno da aldeia adormecida. De manhã cedo, o grito de aboio de Dom Miguel Paiva chamando o gado. Pastoril Coco de Roda. Violões acompanhando modas praieiras. Pescaria de tresmalho. Caçoeira. Paquetes que trazem o caíco, jangada que vem de longe trazendo peixe graúdo. Pescaria de dormida das “cavalas”.

O “escaldaréu” debaixo dos coqueiros acompanhado de pimenta e cachaça. Confraternizações de amizade do povo do mar, meus amigos pescadores de Maracajaú, todos eles atracados no porto do meu coração. No reino da humildade, disfarçados palácios de palha.

Novamente gira a roda do destino me levando pra viajar. Areia Branca. Praia de Upanema. Lugar do meu amigo pescador “Budé” e de Francisco das Chagas, “o Raul de Upanema”, com a magia colorida de seus pincéis. Entrada, Praia Grande. Redonda, Morro Pintado, Cristovam, Ponta do Mel. Rosado, Macau, Diogo Lopes, Zumbi.

Perambulando pelo interior do estado com um parque de diversões, depois com a companhia do “Espanhol Circo”, do nobre Nelito.

Viajando com os ciganos, o povo Calon, “o povo do vento”, a magia, o mistério e o encantamento da raça cigana: peregrinação milenar da liberdade. Os acampamentos ao redor das cidades, na beira das lagoas, dos rios. A alma cigana não cabe dentro de uma casa. Eu já fui “juron”. Hoje, sou “kalon” de força absoluta nos versos do violeiro Ivanildo Villanova, exilado no quilombo de Sibaúma. Pipa, Tibau do Sul. Barra de Cunhaú, Baia Formosa, Redinha. Pirangi do Sul, Pirangi do Norte. Praia de Santa Rita.

Agora, no verde vale do Pium. Parceria com Edinho na música “Natal de João”, gravada por Cida Lobo. Compositor fundador do grupo Alcatéia Maldita, com diversas composições, entre elas, “O Pescador”, “Vela de Barco”, “Alçapão”, “Gavião de Penacho”, “Cio de Cobra”, “Ribeirando a Ribeira”, “Formigas Transando”, “Funeral Cigano”, “Campos de Algodão”, “Cavaleiros do Sabá”.

Parcerias com Raul Andrade, Graco Legião, João de Deus, Edinho e Jorge Macedo.

Recentemente fazendo trabalho com uma letra “Viola Feiticeira” com uma parceria musical de Tertuliano e Nagério. Autor de mais letras: “Tenda dos Orixás” com composição musical de Maurício Zaratustra Queirós. Poeta. Sem profissão definida nem indefinida.


“Aquele que não vive seus dias no reino dos sonhos, será sempre escravo das horas” (Gibran).

por Alma do Beco | 8:43 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


veja a letra aqui

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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mariza lourenço

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