“Lula e seus companheiros poderiam ter aproveitado os episódios do mensalão e do caixa 2 do PT para se reconciliar com antigos valores que pavimentaram sua ascensão ao poder - mas não foi isso o que ocorreu. Apenas se tornaram mais cínicos.”
Ricardo Noblat
Alexandro Gurgel
Maria Dália
DUNGA TEM TODA RAZÃO,
DÁLIA NÃO É UMA FLOR?
Ela é mesmo um tesão
seja no Beco ou na lua,
ante a linda foto sua
Dunga tem toda razão.
Se por consideração,
sejam apreço ou amor
a turma lhe faz louvor
e Alex a fotografa,
não é mesmo uma graça,
Dália não é uma flor?
Maurílio Eugênio
Alexandro Gurgel
Antoniel Campos, Hugo Macedo, Mércia Carvalho, Léo Sodré, Padre Agustín, Dália, Dunga, Júlio Pimenta, Plínio Sanderson
A Vida é um sonho passageiro por isso vamos sonhar...
Que cantem os poetas,
Que digam os loucos,
O que disserem,
Mas o sonho tudo pode,
Basta acreditar.
Por isso creio,
Espero, amo e sonho,
Lembro e esqueço,
Durmo e acordo,
Sou rainha e sou rei,
Oh, sonho! oh, ilusão!
Oh, Deus! eu clamo:
Ajuda-me a sonhar,
manter o vôo que me eleva...
Ave leve num mundo novo.
Roselis Medeiros
Alexandro Gurgel
Em cima: Hugo Macedo, Antoniel Campos, Aluízio Matias, Cabrito
Embaixo: Dália, Dunga, Carlos Tourinho
Acho-te
Acho-te em cada momento,
nas palavras que me rebentam na boca
como frutos maduros, roxos.
Acho-te no frio
que a maresia empresta,
nas vagas
selvagens, salgadas.
Acho-te em cada olhar,
procurando o mais além,
nas águas tímidas
vertidas de olhos perdidos.
Acho-te nas planícies
que não alcanço,
na imensidão dos pensamentos
guardados,
Acho-te
nas folhas brancas
que esperam meus dedos,
Acho-te no cheiro
da minha pele,
onde passaste, brincando,
Acho-te
no esplendor de um dia de Sol,
no mistério das noites enluaradas,
Acho-te no sentido
da vida,
Acho-te
em todos os pedaços.
Roselis Medeiros
Alexandro Gurgel
Dália e Dunga
Paixão
Onde estão ancorados os teus olhos?
E a tua boca que me devora?
O teu lugar é aqui,
Nos meus braços...
Sinto saudades de ti,
Te penso,
Te imagino,
Estarás pensando também em mim?
Sentindo aquela dorzinha no peito?
Tateando no escuro da tua solidão,
Algum ponto do meu corpo para te apoiar e te lembrar?
Sinto que me queres,
Mas me perco no rumo deste silêncio...
Ouço a tua voz no cálido vento, que anda lento comigo, sonolento,
triste tormento...
E no eco deste momento posso sentir o cheiro da tua pele...
Fingir que não estou só...
Sentir que na certeza absoluta te quero.
Roselis Medeiros
Alexandro Gurgel
Augusto Lula, Maria Dália, Plínio Sanderson
Visita de uma flor
Exilada em São Francisco, Califórnia, dedicada à educação de sua filha Juliana, de nove anos, Maria Dália tem acompanhado diariamente o que é postado aqui, no Alma do Beco.
Ficou com água na boca, saudosa dos prazeres gustativos de outros tempos, quando da realização do Pratodomundo, o Festival Gastronômico do Beco da Lama.
Quando da realização do Carnabeco, no início de dezembro, o seu desejo era estar conosco, na folia do sábado que prepararia o I Réveillon do Centro Histórico.
Do seu Seridó, para o Réveillon do Beco, veio, especialmente convidado para a noite, nada menos que Elino Julião, nosso maior forrozeiro.
E ela lá, na terra do cinema, computando dias para voltar à terrinha, rever os amigos e degustar a buchada de Mãinha e outros sabores do seu nordeste brasileiro. Sons. Cores. Céu.
E veio o carnaval e ela, de longe, acompanhou todos os preparativos para a festa maior e mais esperada: o I Carnaval do Centro Histórico de Natal.
Queria estar aqui, conosco, na festa momesca.
E veio o Dia da Poesia e mais saudades bateu junto ao seu coração pleno de sensibilidade. Estivera conosco quando da inauguração da Praça da Poesia, em outra data dos vates natalenses e relembrou, lá longe, os recitais, as apresentações dos nossos músicos. As performances. Os passeios poéticos.
Quando a notícia de que haveria eleições para a escolha da nova diretoria da Sociedade dos Amigos do Beco lhe chegou, quis participar, votar por Internet. E sentiu o desejo de assinar o livro preto de filiações à Samba, quando aqui chegasse.
Terminado o período escolar de Juliana, ela não contou conversa e aterrissou em terras de suas saudades.
- Quero ver, rever a todos, e conhecer quem ainda não conheço. Quero conhecer o novo presidente da Samba, e comer a buchada de Mãinha.
Foi o primeiro desejo.
Mãinha só faz sua buchada se encomendada na quarta, para recebê-la na quinta e prepará-la de véspera, na sexta, para só servir aos fregueses a famosa iguaria no sábado.
Como chegamos atrasados com a encomenda, a cozinha campeã do Pratodomundo recusou-se a antecipar etapas e não aceitou para o sábado passado servir o prato dos desejos da nossa fulô do Beco. Ficou para uma outra oportunidade.
Mas a visita aos amigos do Beco foi feita e a turma acorreu com alegria e felicidade para recepcionar aquela nossa leitora de longe e de todos os dias. Muitos se dirigiram ao Beco para recebê-la e fazer-lhes as devidas homenagens.
Sobre o encontro/reencontro tão esperado, sensibilizada, ela anotou no caderno de saudades que fez questão de trazer para o momento, para os autógrafos em poesias ou desenhos de todos:
- Foi uma tarde agradável e divertida no Beco da Lama. Nazaré nos recebeu de braços abertos. Fiquei super emocionada com a receptividade de todos. Revisitei os antigos amigos e conheci outras figuras maravilhosas. Dunga, como sempre, muito acolhedor. Conversa vai, conversa vem... e muitas poesias. Espero ter o prazer de voltar ao Beco e desfrutar de outra tarde maravilhosa. Beijos para todos. Adorei... adorei.
Eduardo Alexandre