“Nunca vendemos esperanças para entregar ilusões.”
José Serra
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PAROLES
As palavras
Me corróem
Me ajudam sobreviver
Me proíbem esquecer
Tocam no meu ser
As palavras
Me perseguem
Me exigem falar
Me fazem calar
Evaporam no meu ser
As palavras
Me alucinam
Me prometem mentiras
Me mentem verdades
Penetram no meu ser
As palavras
Me rodeiam
Me divertem
Me acariciam
Me iludem
Me inspiram
Me fertilizam
Dormem no meu ser
Deborah Milgram
QUE BONITO É!
Nesta Terça-feira, dia 26, logo após o Jogo BRASIL x GANA, a cantora Elis Rosa e sua Banda sobem ao palco do Seaway Shopping para apresentar o show 'A MPB e o futebol'.
Saudações Futebolísticas
Zé Dias
Agora é Gana
Agora é gana. É partir para cima e fazer gol. Ou a volta é certa.
Robinho machucado, melhor guardá-lo para horas mais necessárias. É o nosso curinga.
Ronaldão reabilitado, com confiança em si e no time, deve levar adiante vitórias que deverão fazer o Brasil chegar à esperada final.
A vez dos gols de Ronaldinho Gaúcho vai chegar. E pode ser diante desta destemida Gana africana, que virá para as honras que vierem, ganhe ou perca.
Contra Gana, o jogo é muito para ele, como para Kaká e Juninho Pernambucano.
Falam do jogo violento dos últimos africanos na Copa. Mais violentos que os holandeses, com certeza, não chegarão a ser.
O time da Holanda foi para casa, mas deixou para trás um Portugal arrasado, destruído por pancadarias e cartões amarelos e vermelhos que deixarão lacunas intransponíveis para sonhos maiores de Felipão e os lusos patrícios. A Holanda perdeu, mas deixou a terra arrasada para novo plantio. Facilitou o serviço da rival Inglaterra e mostrou deselegância esportiva. Coisa feia, mesmo, a partir do momento que Portugal resolveu devolver porradas.
Argentina X Alemanha vai ser o jogo dos artilheiros. Alemanha com um futebol regular e crescente, Argentina com a bravura de sempre, mas futebol nem tão regular e, portanto, imprevisível, também como sempre. Deve partir para cima, para tentar decidir o jogo nos 30 primeiros minutos. Se não conseguir, vai ser difícil agüentar a superioridade física do time alemão e sua maior paciência em preparar as jogadas de gol, especialmente as vindas de atacantes que jogam de costas para o gol, preparando os arremates para quem está de frente, fora da área. Mas deve dar Argentina.
Pelo futebol apresentado, Espanha deve passar pela França e, se a zebra africana não nos surpreender, teremos um clássico Brasil X Espanha que não temos há muitas Copas. Seria um grande jogo para uma Copa que pode ter uma final mais inusitada e eletrizante ainda, com Brasil X Argentina, se esta segurar a provável Inglaterra das semi-finais.
Aí, ‘agüenta, coração!’, como diz o pavão da Globo.
Se a Copa é uma grande festa de confraternização dos povos, deve ser encarada assim especialmente ‘dentro das quatro linhas’.
Uma final de Brasil X Argentina, se pintar, pode ser um jogo tão ou mais tumultuado e violento como foi Portugal X Holanda.
Que, então, a Fifa escolha um juiz mais do que excelente para essa final que se prenuncia. E que este já venha com os cartõezinhos amarelos preparados, porque senão o descontrole pode ser lastimável para a prática do já secular ‘esporte bretão’, hoje senhor de todos os continentes.
Neuza Margarida Nunes, enviada do Alma à Copa da Alemanha
Professor Napoleão – X
- O movimento das diretas foi contra a ditadura militar, não foi professor Napoleão? Perguntou mais uma vez Marcus Frederico, demonstrando conhecimento do assunto.
- Com certeza. A ditadura estava a sufocar o povo há duas décadas, e a reação se fazia nos mais diferentes segmentos sociais. Entre os intelectuais, entre os estudantes, a classe média, todos estavam firmes por eleições diretas, o povo queria o fim do absurdo da ausência democrática em nosso país. Como o Brasil, vários países da América do Sul viviam sob ditaduras militares. E a União Soviética, desde a implantação do comunismo, também não dava ao povo o direito de escolher os seus principais governantes. Mantinha a opinião pública sob controle, prendendo quem quer que fosse contra o seu sistema. Stálin, um dos primeiros governantes soviéticos, autorizou a matança de milhares de opositores, e a KGB, espécie de polícia política do regime comunista, infernizava a vida da população, mantendo todos sob suspeita. Um inferno. O povo se rebelou num momento de dificuldade econômica. Começou a demonstrar insatisfação, até que o comunismo cedeu ao sistema capitalista do ocidente. Mas os países que se formaram pós queda do comunismo na União das Repúblicas Socialistas Soviética ainda estão muito longe da democracia. Abriram para o capitalismo, mas a democracia mesmo, ainda está longe de ser praticada.
- O senhor acha que os ideais socilistas morreram, professor? Voltou a perguntar Marcus Frederico.
Professor Napoleão achou curioso aquelas perguntas políticas formuladas por um aluno tão jovem, e respondeu com uma pergunta.
- Meu caro aluno, você me parece bem diferente dos demais. Essa sua preocupação com temas políticos me incentiva, pois, afinal, é através dela, da política, que se muda o mundo. Você é filho de político ou de algum professor de Ciência Política?
Marcus respondeu que não. Não era filho nem de político nem de professor de Ciência Política, mas que seus pais eram admiradores de um prefeito de Natal que morrera no exílio, quando da época da ditadura, e aquilo muito marcara as suas vidas, tendo ele se aprofundado em pesquisas para melhor conhecer as atividades do prefeito. Dessas pesquisas, surgira o gosto pelo tema e o socialismo sempre lhe parecera o caminho natural da humanidade, disse.
Professor Napoleão respondeu dizendo que até gostaria de discutir o assunto, mas como o tempo da aula estava praticamente esgotado, convidou Marcus a sala dos professores, dizendo querer conversar com ele.
© Eduardo Alexandre