terça-feira, fevereiro 28, 2006

TERÇA-GORDA

I CARNAVAL DO CENTRO HISTÓRICO
NATAL/RN

O Maestro, em plena escadaria da Igreja, faz um inferno.
Antoniel Campos


Hugo Macedo
Hugo Macedo
Maestro Gilberto Cabral


Dia 28 – Terça – Feira
12h – Folia de Rua
15h – Galo da Rua do Caminho de Beber Água
16h – Rachell Groisman – Canta sambas enredos do carnaval carioca
17h – Entrega dos Prêmios de Fotografia, Fantasia e Prêmio Câmara Cascudo de Destaque de Grupo Folclórico do Carnaval Natalense:Homenagem a Rubens Pessoa
18h – Galo da Santa Cruz da Bica
22h – Khrystal e Banda – Cantam o carnaval de Caetano Veloso, Moraes Moreira e Alceu Valença
00h – Banda do Centro Histórico, do maestro Duarte



Dunga, faça chegar às mãos de Gilberto esse escrito, porque não sei se tornarei ainda ao Beco no Carnaval, mas queria dizer isso a ele, agradecendo os momentos de pura graça patrocinados.

Antoniel Campos


Nasce um Maestro

Hugo Macedo


"Você:" e o maestro aponta para o saxofonista que, tímido, ensaia uma desculpa. "Venha! faça o que você faz sempre, o normal", incentiva o Senhor de cavanhaque. E o saxofonista, vencendo a si, deslancha em acordes e improvisos inimagináveis — para ele e para a platéia atenta e embevecida. A orquestra, atenta, em uníssono, permeia o acorde clássico de Vassourinhas, dando ensejo ao próximo participante. Mais um o sucede; agora, o trompetista, mais improvisos, o compasso magicamente marcado pelos demais. Os trompetes riscam sonoramente o ar na hora certa. Agora, só pelo olhar do Mago, a vez dos trombonistas, cada um, inclusive Ele, Trombone de Vara, uma riscada no ar e o tarol sabe que é a sua vez. Vassourinhas segue inebriando. E todos — Todos — dão o show. A turma do Bombardine mandando ver em graves de fazer tremer todas as Adjacências, que dirá o próprio Beco. Mas a Orquestra tem que seguir — Aleluia! — Beco da Lama, João Pessoa, Princesa Isabel, cruza-se a Rio Branco, caminho da Igreja do Galo — parada estratégica: tocador quer beber — e então, senhores e senhoras, hora do espetáculo. O Maestro, em plena escadaria da Igreja, faz um inferno. Novamente, cada componente, todos já desinibidos, dizem para que vieram. Hora mágica: o êxtase de saber que está fazendo a coisa certa faz deitar o nosso Maestro no chão: momento apoteótico. Ele deitado e o trombone de vara riscando o ar, como a dizer: eu não sou nada: que paire sobre mim esse instrumento que fala mais do que eu, porque diz a minha alma. O frevo come rasgado nas ruas do Centro Histórico de Natal!. Mágica, mágica pura. Hora da água. Hora de seguir: o Beco espera. Eu disse que todos deram o seu show? não. Faltava a turma do couro. Agora sim. Nova rodada de acordes e improvisos, sempre Vassourinhas — a nossa dívida com Recife — e a surpresa propositadamente deixada para o final: espetáculo dos Surdos, Júnior Negão no comando: coisa maravilhosa: todos tocam em todos os surdos. E tudo ao mínimo gesto do Senhor da Banda da Ribeira, ele: Gilberto Cabral: O Maestro de Natal. Novamente deitando no chão, porque, ele sabe, Carnaval é isso: pé (e corpo alma) no chão!

Hora dos abraços, de agradecer: Valeu!

Viva a Gilberto Cabral!
Viva à Banda da Ribeira!
Viva ao Beco!
Viva ao Carnaval de Rua de Natal!


Antoniel Campos, com os acordes de Vassourinhas na mente, mas ouvindo "Último Dia", com a Orquestra de Cordas Dedilhadas de Recife.

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Ando toda brocoió, cum uma sodade do frevo, do carnaval de rua, das máscaras, das fantasias, das ladeiras, dos surdos....

Dália, com uma terça-feira .........GOrDa.......no imaginário.....


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Antoniel,


Ontem,
Gilberto acompanhou Valéria Oliveira num momento bonito do carnaval do centro histórico.
E veio Isaque e veio Donizete.
Emocionou ver o Jaraguá 'arrodear' Cascudo numa calma de cidade sob surdos, meninas em sopro na banda do maestro Duarte. Mais arrodeios ao Mestre, à Pedra, ao João Maria. Rua.

Hoje quero ver todos lá.

Ontem, para mim, foi um dia.

O momento mais emocionante da banda de Gilberto, para mim, foi na Travessa do Tesouro, chegando à Rua da Palha, Bar de Nazaret.

Beleza de texto e gesto, Bardin. Tô sem impressora.


Dunga

por Alma do Beco | 10:02 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


veja a letra aqui

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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