"Eles querem vir comer o filé mignon que nós colocamos na mesa? Vão ter de roer o osso que nós roemos."
Lula
Alexandro Gurgel
Espaço Empreendedor
Felipe Cabral debaterá no Espaço Empreendedor experiências do carnaval de Olinda como atividade que movimenta a economia local e integra as agremiações e comunidades envolvidas.
A Agência Cultural SEBRAE / SESI em continuidade às atividades do Espaço Empreendedor, realizará mais um encontro com os agentes culturais da cidade. Desta vez, o palestrante será o produtor cultural e carnavalesco Felipe Cabral, organizador do Bloco da Saudade, Empreendedor do Clube de frevo Escuta Levino e Coordenador Artístico do projeto Olinda é! Caranaval do Brasil. Serão esperados produtores culturais, carnavalescos, técnicos de instituições culturais, comerciantes, artesãos e demais interessados na temática.
O encontro ocorrerá no dia 27 de julho e terá como objetivo principal evidenciar intercâmbios e experiências com o carnaval de rua enquanto atividade geradora de emprego e renda, informações sobre atividades já realizadas, suas potencialidades, dificuldades, responsabilidades coletivas e resultados, bem como outros aspectos que apontem para o fomento desta importante atividade cultural.
O Espaço empreendedor é uma iniciativa da Agência Cultural SEBRAE / SESI para a aproximação dos agentes culturais e econômicos do Rio Grande do Norte, possibilitando assim, um espaço para a troca de informações, apresentação de propostas coletivas, palestras, bate-papos presenciais e outras formas de comunicação que promovam o fortalecimento do empreendedorismo cultural.
Data: 27/07/2006
Hora: 17:00 horas
Local: sede da Agência Cultural SEBRAE / SESI - Solar Bela Vista
Av. Luís da Câmara Cascudo, 417 - Cidade Alta
Informações : 3201.1131 e 3215.4990
agenciacultural@rn.sebrae.com.br
www.agenciacultural.com.br
CONTABILIDADES
Minhas queridas dúvidas
Acorrentam-se às velhas certezas
Juntas embelezam minha respiração
Fazem parte do meu cotidiano
Nivelam minha inspiração
Minhas descuidadas afirmações
Propagam-se pelo ar, evaporam
Algumas inocentes; outras indecentes
Duram o tempo certo, dissolvem-se
Desequilibram meu coração
Deborah Milgram
O BECO COM OITO PÉS A QUADRÃO
Léo já chegou namorando
E Hugo fotografando
O Dunga sempre pintando,
A SAMBA em reunião,
Pra resolver a questão
Que virou um rebu danado
A história do pé quebrado
Com oito pés a quadrão
Rosélis trouxe uma flor
Dizendo que era pra Clô,
Jornalista de valor,
Pra acabar a confusão.
E de todo coração,
Pediu pra deixar de lado
A história do pé quebrado
Nos oito pés de quadrão
José chegou todo prosa
E Meire querendo a glosa
De uma rima famosa
Que teve repercussão,
Segurando em sua mão,
José estava indignado
Com a história do pé quebrado
Dos oito pés de quadrão
Antoniel entregou a Tadeu
Um papel que ele leu,
De uma rima que escreveu,
Com singela perfeição,
Mas disse de antemão,
- Estou ficando arretado
Com a história do pé quebrado
Em meus oito pés a quadrão
O Barba chegou de "finim"
Se encostou lá num "cantim"
Só pensando no "chinim",
Quis entrar na discussão
E disse: Já tô com tesão,
- Isso me deixa tarado,
Essa história de pé quebrado
E os oito pés a quadrão
Mário chegou de repente
Ainda meio descontente
Por causa do deliqüente
Que roubou seu violão,
Mostrando indignação
Disse: Tô eletrocutado
Com a história do pé quebrado
Nos oito pés a quadrão
Pe. Agustin muito calmo
Com um livro na mão a palmo
Descreveu um lindo Salmo,
E recitou uma oração.
Com o livro ainda na mão,
Disse: Eu não fico calado,
Com a história do pé quadrado
Nos oito pés a quadrão
Ainda ressabiado,
Ele olhou pra todo lado,
E neste lugar sagrado
Abriu o seu coração.
E dando a sua benção,
Ele deu por encerrado
O assunto do pé quebrado
E acabou a confusão.
Chagas Lourenço
CUT a caminho da degeneração
Tribuna do Norte
25/07/06
Ao me despedir da presidência da Central Única dos Trabalhadores - CUT/RN, cargo que ocupei no período de 2003 a 2006, fiz uma retrospectiva do que foi o nosso mandato. Na ocasião, também fiz uma advertência: a nova direção da Central não tem o direito de encaminhar o debate em defesa da reeleição de Lula e de Wilma de Faria para os governos federal e estadual, respectivamente.
Entendemos que a reeleição de um governante só pode ser reivindicada quando se está exercendo o mandato de forma coerente, com ética e com moralidade e se foi efetivamente magistral no exercício do poder. O que definitivamente não é o caso de ambos governantes. Lula assumiu a Presidência lançando uma cruzada contra a corrupção e que as reformas exigidas pela sociedade seriam feitas por auxiliares competentes, escolhidos nos quadros funcionais de carreira. Hoje, vemos que há uma grande distância entre o discurso e a prática.
O que se esperava da equipe econômica era que os impostos fossem mais elevados aos que têm condições de pagá-los e que a aplicação desses recursos fossem feitos com correção, equidade e licitude. A reforma econômica não foi feita porque o governo Lula aderiu aos ditames do capital ao privilegiar os banqueiros, os especuladores e ao grande capital nacional e internacional.
Sem recursos financeiros da reforma econômica não houve condições de alavancar a reforma agrária de qualidade para o atendimento aos trabalhadores. Lula certamente não fará em um possível segundo mandato, pois está alinhado ao neoliberalismo destruidor dos anseios populares.
Também não foi feita uma reforma política consistente. Ela viria para acabar com o fisiologismo e com o aluguel de partidos na véspera de eleições. O que se vê são os partidos inescrupulosos negociarem favorecimentos eleitorais, enquanto os partidos constituídos com embasamento ideológico são prejudicados pela instituição da Cláusula de Barreira.
O governo Lula ainda tentou fazer uma reforma sindical baseada no reatrelamento do sindicato ao governo central. Para tanto seria criado o Conselho Nacional de Relações do Trabalho, com a finalidade de manipular e controlar a estrutura Sindical. Esta reforma ainda não é uma realidade devido à crise política gerada pelo Mensalão, que envolveu o governo Lula e o Partido dos Trabalhadores - PT.
Os serviços públicos funcionam em um estado caótico. Os acordos firmados pelo governo Lula e Wilma de Faria com o funcionalismo só saem por meio de pressão e greves. Algumas categorias, tais como magistrados, ministério público, tribunais de contas e o poder legislativo são privilegiadas com aumentos salariais. Situação contraditória com a maioria do funcionalismo, que fica com migalhas.
Não há razão de um sindicato de luta, uma federação, uma confederação ou a central sindical para apoiar a reeleição de governos que são aéticos, imorais, fisiológicos e que produzem e ampliam a dilapidação do patrimônio da sociedade de forma tão vil e grosseira.
O papel da CUT, como de qualquer entidade que se reivindique como vanguarda operária, é de construir o movimento sindical autônomo, independente, de luta e em defesa da classe operária. Se a CUT prosseguir com estes apoios irracionais e irresponsáveis, ela vai caminhar para sua degeneração.
Santino Arruda