terça-feira, junho 13, 2006

ANIMAL PÓS-MODERNO

Marcus Ottoni


"O que aconteceu no Brasil foi a perda de respeito."
Fernando Henrique Cardoso



Animal pós-moderno

Quem dá o pão, dá o pau;
Diz quem bate sem perdão.
Quem dá o pau, dá o pão;
Diz quem pede sem moral.
Eu sou um animal
Um animal emocional.
Produto contracultural
Da sociedade pós industrial em implosão.

Quem dá o pão, dá o pau;
Diz quem bate sem perdão.
Quem dá o pau, dá o pão;
Diz quem pede sem moral.
Bicho sem razão, passional;
Bicho sem paixão, impessoal;
Ente anti-social
Ante trabalho e capital sem revolução.

Quem dá o pão, dá o pau;
Diz quem bate sem perdão.
Quem dá o pau, dá o pão;
Diz quem pede sem moral.
Entre o vício e a virtude
Eu sou minha droga;
Entre a intenção e a atitude,
Eu sou minha obra.
Eu sou minha cobra
E minha maçã envenada.
Sou meu, sou eu
Manobra de minha própria cilada.

Marcelo Bolshaw Gomes




Capitalismo Selvagem

Como todos os produtos da sociedade capitalista, eu sou uma mercadoria. E como tal, em minha moral, há dois valores encravados: o de me sentir útil-necessário e o de me trocar-medir, em que peso prestígio e desprezo, administrando preços e valores menores. Politicamente descartáveis.

Eu sou uma mercadoria de valores opostos em guerra marginalisticamente escondida.

Entre meu consumo e minha produção, eu sou o marketing da humanidade perdida.

Em minhas trocas, é capital diminuir os custos e aumentar o lucro, acumular, e, no final das contas, achar e estornar o valor da diferença.

Marcelo Bolshaw Gomes

por Alma do Beco | 9:22 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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