quarta-feira, março 08, 2006

O DIA DA MUIÉ

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POEMINHA

Areia, mar,
Concreto, sal
Separam, unem
O bem que me fizeste
O mal que me poupaste

Carinho, indiferença,
Silêncio, distância
Detalhes absurdos
Sem nenhuma importância

Nasce um poema prematuro
Chora, esperneia, sobrevive
Com audácia, com vontade
Quer permanecer
Na frágil, efêmera
Ingenuidade.

Deborah Milgram




O DIA DA MUIÉ
Poema Matuto

Hoje, in teu dia passiando,
passei num belo jardim.
Me incantei cum o prefume,
d’uma rosa e d’um jarmim.
Me chegô a inspiração,
mode eu dizê, cum emoção,
muié, o qui tu é prá mim.

Tu é a fonte do desejo,
do poeta, cum certeza.
Dona do meu pensamento,
referença da beleza.
Prá eu, tu é um colosso,
um poema de carne e ôsso,
feeito pela natureza.

Tu é a musa duis meus verso,
tema da minha canção.
A lágrima e o sorriso,
qui habita in meu coração.
Teu incanto é inigualáve!
Tu é uma fonte insecáve,
de amô e de inspiração.

Tu é uma fonte no deserto,
um apara queda no ar.
Incêndio, adonde o ixtintô,
num pode o fogo, apagá.
Quero ardê sem sintí dô,
no fogo do teu amô,
quero me caibonizá.

Quero fazê do teu colo,
um níin, mode eu me deitá.
Quero, cum teu cafuné,
o meu côipo, relaxá.
Fazê, sem quaiqué pudô,
in vêiz de sexo, amô;
adrumecê e sonhá.

Dispôi, quero me acordá,
sem sabê nem quem é eu.
Inté o fim duis meus dia,
guardá o qui acunteceu,
na mente e na minha bôca,
essa aventura tão lôca,
e o gôsto do bêjo teu.

Eu quero sê o tapête,
adonde tu vai passá.
Tombém quero sê um pêxe,
in tua rêde, me inganchá.
Ficá prêso in tua máia,
quero sê tua tuáia,
dispôi do bãe, te secá.

Aí, tu vai passá eu,
sem sabê qui é um incanto,
duis pé inté a cabeça,
dispôi, ô faiz d’eu, teu manto,
ô se inrola in neu cum jeito,
dá um nózíin pertíin duis peito,
e leva eu prá todo canto.

E fazendo eu tão feliz,
me dando tanta alegria,
inquanto troca de rôpa,
bota eu in riba da pia.
E alí, bem pertíin, eu vejo,
a musa do meu desejo,
do meu verso e da poesia.

Muié, tu é tudo prá mim,
e pruqui, eu vô pará.
Tu é um tema sem fim,
mode in verso, eu isartá.
Tu é tão amada e querida,
qui a mió coisa da vida,
prá êsse poeta, é te amá.

Feliz DIA DA MUIÉ,
na homenage, eu vô além.
O poeta apaixonado,
qui tanto ama e te qué bem,
diz no verso e na poesia:
Muié, se hoje é teu dia;
é dia do hôme, tombém!...

Bob Motta



No começo desse traço o compromisso

No começo desse traço o compromisso:
nada disso é submisso desse espaço.
Tudo escasso, sem compasso e pouco espesso.
Só avesso, só bagaço, só sumiço.

Adereço do pedaço mais postiço,
seu feitiço seja nisso: o estilhaço.
O regaço, no cansaço, o endereço;
o tropeço em cada abraço nada omisso.

Pago o preço: nem bem nasço, perco o viço.
Nem palhaço me pareço. E é só isso.

Antoniel Campos

por Alma do Beco | 3:52 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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