terça-feira, janeiro 30, 2007

REGISTRO

Marcus Ottoni


"Este inventário que agora chega em nossas mãos vem contribuir e confirmar a preocupação coercitiva para a salvaguarda dos bens comuns/culturais do nosso povo na trajetória da sua história."
Dorian Gray Caldas

Ilustração: Dorian Gray Foto: Karl Leite

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Nada mais será perdido

Nada mais será perdido, não registrado. Tudo será preservado, restaurado, registrado, mostrado. Esta é a intenção da publicação Inventário – Catálogo do Acervo de Artes Visuais do Governo do Rio Grande do Norte. O livro é fruto de uma pesquisa de quase um ano, coordenada pela professora e atual diretora geral da Fundação José Augusto, Isaura Amélia de Sousa Rosado Maia e pela técnica Ana Neuma Teixeira de Lima, com consultoria do artista plástico e também pesquisador Dorian Gray Caldas. Educadora atenta e vigilante, a professora Isaura Amélia percebeu a importância de catalogar o patrimônio das artes visuais que pertence ao patrimônio do governo do Rio Grande do Norte, por conseguinte, do povo potiguar.
Na apresentação do Catálogo, Dorian Gray ressalta:

"Este Inventário Artístico/Cultural, Iconográfico, Fotográfico, do Patrimônio do nosso Estado, que a professora Isaura Rosado, através da Fundação José Augusto, nos apresenta, tem largo alcance e inclui com relevância a permanência das obras artísticas, públicas que, de agora em diante, ficam definitivamente sendo matéria e objeto de estudo para a salvaguarda do nosso Patrimônio Cultural.

O objeto de cultura como centro moderador da atividade inteligente de um grupo, uma raça, uma etnia cultural, legitimada pelo registro antropológico, fixa no tempo e no espaço os valores culturais de sua permanência, a história e o resultado dessa memória que determina condições, transcendências e explorações que formam o corpo natural e necessário das averiguações e o estudo destes complexos culturais de um povo.

Não basta a ocupação, os limites e os recursos nem as condições emergenciais destes aglomerados étnicos. É preciso ir além do testemunho oral. É preciso o documento, observando-se os processos. É preciso o texto e o contexto, confirmadores destes hábitos, costumes e denúncias culturais, indicadores destas matérias, dizeres, conhecimentos e fazeres que mapeiam a ação. É preciso esta memória do fenômeno das relações humanas. Daí tão necessários os autos, os registros, os significados destas culturas para legitimar e revelar as preferências da tradição.

Este inventário que agora chega em nossas mãos vem contribuir e confirmar a preocupação coercitiva para a salvaguarda dos bens comuns/culturais do nosso povo na trajetória da sua história."


Este livro, editado pela Fundação José Augusto, foi lançado em Natal, no dia 11 de janeiro de 2007, no Palácio da Cultura, na presença de vários artistas e do público apreciador das artes visuais.
A publicação foi concebida graficamente no escritório da Una, sob a minha direção. O cuidado com o aspecto gráfico da publicação condiz com a importância do trabalho. Evidenciamos que este trabalho não tem e nem deve ter os aspectos gráficos de uma publicação considerada LIVRO DE ARTE. É apenas um catálogo, inclusive sem ISBN e sem sumário (pois catálogo não requer ISBN nem sumário). O tamanho das reproduções (todas em preto e branco) condiz, inclusive, com as reproduções do catálogo do Museu de Arte de São Paulo (que tivemos como modelo), ou seja, são reproduções para registrar e não para proporcionar uma apreciação minuciosa das obras. Uma reprodução maior e em cor (se a obra for colorida) é função de um LIVRO DE ARTE, não de um CATÁLOGO. O papel pólen (do miolo) escolhido aplica-se a livros instrumentais, ensaios e obras gerais, portanto, aplica-se também a catálogos. A tradição de usar papel couché em catálogos já foi rompida há muito tempo, a exemplo do excelente catálogo do MAM de São Paulo. O tamanho da publicação, 16 x 23 cm está totalmente em consonância com o que está sendo feito nas artes gráficas mundiais, vide os catálogos vendidos no MOMA, de Nova York.
Esta essencial pesquisa será aprimorada, revista e atualizada numa segunda edição. Sim, porque após este fundamental primeiro registro, outros virão. Certamente mais certeiros, pois encontrarão o caminho mais reto.

Marize Castro

por Alma do Beco | 6:20 PM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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