sábado, agosto 12, 2006

ANTONIEL CAMPOS

Marcus Ottoni


"É realmente uma vergonha. Não temos conseguido acesso às populações sitiadas do sul do Líbano por dias."
Jan Egeland, coordenador das operações humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU)

Alexandro Gurgel
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Poeta Antoniel Campos

POEMA PARA O AMIGO

Há um homem que te habita por direito.
E um que, vez ou outra, te habita.
Há uma posse pacífica e contínua
e outra intermitente e conturbada.

Há certezas e respostas previsíveis
e há o contraponto da surpresa.

O eu sei que você está
contra o não sei se você vem.

Há uma toalha nova que a espera no velho banheiro
contra a velha toalha em um banheiro novo.

As mesmas piadas e o riso garantido
e há a preocupação em não repeti-las.

Há a pretensa, indefensável e estúpida sensação de tê-la
pelo novo,
contra a muralha de quem é sempre o mesmo.

Há a certeza de que ela é única.
Há a certeza dela dividida.

Antoniel Campos



eu não saí incólume

daqui para mais nunca. daqui para daqui a pouco e agora. eu não saí incólume. tudo intenso e num roldão. tudo tão bom. tudo querendo escrever a fatídica palavra sempre — e hoje bem sabemos o quantum da palavra sempre. eu quero mais é que cada parte de mim seja testemunha de cada momento meu. nenhum poro silente. eu inteiro sentindo. quero é cada momento — de lembrança, vá lá — vivo. pulso. sangue e veia. quero é a palavra recém calada. ainda o seu cheiro e o som reverberando. tudo tão agora. tudo não tão agora. tudo agora. basta-me tão pouco: o riso e o flash. o caminhar. a vidraça. o mar. a ladeira a subir descer. o táxi. quero vidrilhos em todas as cores. cerol de pontas arredondadas. vidro que não corta. o breve instante do teu tugúrio. deixa-me querer mais. deixa-me isso: chuvas e nós dois. praia. o bacon profilaticamente envasado. dê-me a visão do asfalto molhado. dê-me o flash. eu nunca mais vou escrever. eu escrevo agora. eu já nem sei se eu grito. eu: grito. mas urge o silêncio, o pensar. o dizer isso: valeu tudo. TUDO. sem direito algum, reivindico todos: antes e depois. cabo Bojador. nada antes e depois. scorpions e gun's e phil collins, agora. teclado, mouse e nada mais. mas que coisa tão tênue! ligações de vandervals — a mais forte que conheço — é a que tenho para nós. quer saber? rio no teu riso belo, em flash ou não. amo teu riso. amo você. eu não saí incólume.

Antoniel Campos

por Alma do Beco | 11:05 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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