terça-feira, maio 16, 2006

COMPANHEIROS

Marcus Ottoni


Que falta faz sertanejos nesta Pátria!
Walner Barros Spencer

Júlio César Pimenta

Público presente à primeira eliminatória do I MPBeco

Mutações

Agora que a última fada madrinha,
Escondida no fundo da caixa,
Foi embora de vez, horrorizada,

A terra que era minha e era sua
Virou chaga, ruína e treva,
Multilíngüe açougue de todos nós.

Quem matou mais, quem pagou mais
Quem vendeu mais, quem ganhou mais,
Quem perdeu mais, quem lambeu mais?

Os ossos doentes dessa História pesam mais
Que todo o Urânio do mundo.

Marcílio Farias




Os Bons Companheiros
O Mossoroense
16/05/06
http://www2.uol.com.br/omossoroense/mudanca/conteudo/walner_barros.htm


Bem, não se pode mais afirmar que Lula não ficará como um marco na história política sul-americana. Pois ficará indelevelmente, tanto do ponto de vista dos outros integrantes desse continente quanto do ponto de vista do Brasil. Será lembrado nos anos vindouros - na história - como o 'coveiro' do Mercosul, sepultado por ele em razão de sua imaturidade no trato dos interesses internacionais. Tratou a outros presidentes como se fossem companheiros de cachaça no balcão de uma bodega qualquer, a discutirem futebol e, até, por algumas fotos, com liberdades não protocolares. Ficou estupefato, portanto, quando descobriu que os outros - seus 'compañeros' - eram, em suma, presidentes, ou ao menos tentavam ser defensores de seus respectivos países.

O que preocupa não é o Lula - que mais cedo do que se possa pensar - sumirá do palco, mas o enorme prejuízo que trouxe ao Brasil com suas patacoadas, sandices, infantilidades, megalomania, ilusões e fantasias. Em política internacional, quando não se pode recorrer à força armada - e nem a temos, mesmo se ela pudesse ser usada - para recuperar ou impor respeito de um país pelo outro, decorrem muitos anos para que uma humilhação política sofrida seja absorvida. É o caso atual acontecido com a Bolívia. Lula foi, de macho a rato em estonteantes 10 segundos. Parafraseando um antigo dito anedótico das difusões radialísticas paraguaias de antanho: "Uma pílula de Chávez: plim; dos pílulas: plim-plim; más uma pilula de Morales: brrrrr - borrou-se todo.

Ainda teria desculpa - mas não justificativa - se o ofensor fosse um poderoso país, militar e economicamente superior ao nosso. Um outro de quem eventualmente dependêssemos economicamente. Mas não! Fomos esbofeteados em público e enxovalhados internacionalmente pela Bolívia. E de maneira intencional, adredemente preparada para causar o impacto necessário no intuito de mostrar ao mundo quem manda na América do Sul - deixando claro, é óbvio, que não é o Lula. Por esta razão foi escolhido o momento que garantia a maior cobertura conjunta da imprensa internacional: um evento que reunia a maior parte dos grandes líderes mundiais com algum interesse na América do Sul. Fomos chamados de ladrões, vigaristas, escroques, contrabandistas, sonegadores. Isto em público. Alguém deve ter soprado ao 'cocaleiro' para fazer aquilo como sondagem do espírito ideologicamente comprometido de Lula. Depois, devem ter dito, se desculpe privadamente com ele. Isto bastará. Ele ficará com seu ego satisfeito. Estará pronto, então, para usares tua cara da terneiro mamão e 'solicitares' um aumento do preço do gás.

Sabe por que isto é provável? Todos eles - os 'Bons Companheiro' - sabem que ele é um engodo, um depauperado, um coitado, um deslumbrado, um 'pafúncio que não teve infância'. Acha-se um predestinado, o que não é garantia de qualidade, pois Hitler o foi também. Talvez seu destino, a razão de sua existência resida nesse poder destrutivo de seu toque: o 'poder do toque real' negativo. Por não ser naturalmente um Rei, pode até tentar se portar como, mas ao invés de seu toque curar escrófulas, ele contamina mortalmente tudo aquilo que toca e todos os que o cercam. E lá fica ele, pimpão, saltitante como um tico-tico comendo alpiste, tentando caminhar estilosamente, como um 'john wayne tupiniquin'. Nem tem estilo próprio e nem altura física para imitar o 'grandalhão' americano que deve ter sido o seu ídolo infantil. Quer copiar o estilo norte-americano de ser presidente - com acenos rápidos, de esguelha, como de quem tem grande carinho pelos outros, mas não tem tempo para atendê-los. Falta-lhe porte, pois nem as roupas lhe caem bem (neste aspecto sou mais Morales). Isto não é um defeito, mas torna-se um pela fobia da imitação. Nunca vai notar que a vida real é diferente dos filmes holiudianos. Afinal, ele sempre foi um ator a representar peças e roteiros não escritos por ele; a falar textos escritos por outros, a se portar em cena obedecendo a marcação ideológica marcada no palco e sob a direção de um outro mais bem preparado para dar à peça o enfoque necessário.

Mas há um aspecto nisto tudo que me intriga: este Lula é realmente um pernambucano? Um sertanejo? Pode ser que seja nascido por lá, mas não possui o melhor da tradição desta encandeada e valorosa terra, os valores da honra - o de não levar desaforo para casa. Ninguém pode ensinar decência e honra se não as possuir, se não as valoriza, se não as conhece. É no mundo rural, nos preceitos de nossos avós, que deve ser encontrado o antídoto para esta doença política que grassa e corrompe a nação. Deveriam vir ao mundo rural brasileiro, e ao nordestino de modo particular, não em busca de votos para sustentar calhordas - sejam quais forem, e são quase todos - mas para retemperar em suas almas o sentido de hombridade, síntese e catalisador de todas as qualidades de um ser humano.

Mas, estranhamente, todos estão quietos. Estarão conformes? Cansados? Desiludidos? Até pode ser, mas esta nossa geração que já errou tanto deve ao menos fazer um último esforço para entregar à próxima geração - que já está aí - um país limpo, isto é, pode até ser pobre, mas tem de ser digno.

Que falta faz sertanejos nesta Pátria!


Walner Barros Spencer




Beco da Lama exibe finalistas de festival de música
Diário de Natal – 16/05/06 – Caderno Muito
http://www.dnonline.com.br/parceiros.php?url=http://diariodenatal.dnonline.com.br/index2.php


Cerca de duas mil pessoas estiveram presentes na primeira eliminatória do I MPBeco, que foi realizada na tarde de sábado, no Beco da Lama. Cinco canções, entre as dez concorrentes da etapa, estão classificadas para a grande final que se realiza no dia 27 de maio. No próximo sábado, acontece a segunda semifinal, com outras dez músicas participantes.

As cinco canções classificadas são: Cultura, Cultura, de Nêguedmundo; Natália, de Tertuliano Aires e Nagério; O exterminador de sentidos, de Romildo Soares e Lupe Albano; Santa TPM, de Franklin Nogvaes e; Volta, de Simona Talma e Khristal.

Ao final da apresentação das dez músicas concorrentes, Ricardo Silva, Esso Silva e Gilmar Santos - componentes da banda The Bluesy Band, contaram com a participação da gaita do músico Moisés de Lima, e até as 22 horas fizeram o público dançar ao som de clássicos do blues e do rock dos anos 60 e 70, tocando Peter Frampton, Erick Clapton, Doors e Beatles, entre outros.

Ao final das apresentações, a Comissão Julgadora do Festival, composta pelos músicos Carlos Zens e Camilo Lemos, o maestro Neemias Lopes, o músico, cantor e compositor Geraldo Carvalho e mais o professor do Cefet, João Batista de Morais Neto, apresentou os cinco classificados para a etapa final do festival.

No próximo sábado, partir das 16 horas, será realizada a segunda eliminatória do Festival, com a apresentação das seguintes músicas:

Coco Existencial, de Jorge Negão; Tarde, de Tertuliano Aires e Nagério; Jesuíno, de Zé Fontes e Tertuliano Aires; Afaga-me, de Ângela Castro; Ninguém merece, de Marcondes Brasil; A filha da lua, de Yrahn Barreto; Folguedos, de Khrystal, Nelson Freire e Tertuliano Aires; Água de moringa, de Hardy Guedes, Quatro doses, de Léo Ventura e Anglicana, de Yrahn Barreto e Clésio Torres.

Serão classificadas cinco canções, que se juntarão às cinco classificadas no dia 13, e farão a final do festival no dia 27 de Maio. Os shows de encerramento dos dois próximos sábados serão realizados por Os Grogs (dia 20 de maio) e Boca de Sino (27 de maio).

O I MPBeco tem subsídio da Prefeitura de Natal, através do Programa Djalma Maranhão de Incentivo à Cultura/Capitania das Artes. Seus patrocinadores oficiais são a Destaque Promoções, a Cardiocentro e a Offset Gráfica e Editora. O projeto recebe também o apoio cultural da Aeromidia, Choperia e Saduicheria Continental e Interjato.



Programação do Projeto SeaWay Cultural de 18 a 21.05

18 - Quinta Cássio Duarte, em show instrumental de Percussão – 21h

19 - Sexta - Show BENDEGÓ, com Cacau Arcoverde, Khrystal, Tica
Rodrigues, Ângela Castro e Titina – 21h

20 - Sábado - Elis Rosa e o Futebol na MPB – 21h

21 - Domingo - Thomaz e Carlos Moreno em show instrumental de Guitarra
E Violão – 20hs

PS: O show de Elis Rosa o Futebol e a MPB tem o patrocínio da EMVIPOL,
SESC/RN E GOVERNO DO ESTADO. Apoio OffSet Gráfica.

por Alma do Beco | 11:29 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


veja a letra aqui

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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