terça-feira, maio 09, 2006

DA ALMA AO CORPO

Marcus Ottoni


“Muitos suspeitam que ele esteja ingerindo, nas caladas da noite, porções de comida ‘não contabilizada’. Mas, a julgar pelas manifestações oficiais do médico de Garotinho, o caixa dois dele não chegou à geladeira.”
Josias de Souza, Nos Bastidores do Poder, Folha Online

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Carta ao corpo

“Esse corpo moreno, cheiroso e gostoso, que você tem, é um corpo delgado, da cor do pecado, que faz tão bem...”

Se pudesse abstrair-me de ti, meu corpo, cantaria esta canção e depois diria que estou bastante satisfeita por habitar-te. Sei que não és nenhum exemplar perfeito da espécie humana, mas, até agora, vens dando conta do recado. Através do teu ventre, já brotaram filhos e, nisto, cumpriste os preceitos do Senhor, quando disse: “Crescei-vos e multiplicai-vos”. Entre teus braços e coxas já se aninharam amores de vários matizes e, por mais diferentes e efêmeros que possam ter parecido, todos deixaram lições inesquecíveis - doces cicatrizes. Afinal, como sempre dizes parafraseando o poeta: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
E pequena não sou, meu pequeno corpo. Tenho uma sede enorme de saber e de viver. Quero, ainda, conhecer muitas ciências, tantos sabores, outros amores. Quero visitar países, navegar por diferentes mares, voar por outros ares. Quero sentir novos odores, olhar inusitadas cores, desconhecidas flores, cenas nunca dantes vistas. Quero, ainda, uma vida simples e muita natureza, pois, através dela, estou mais perto do meu Pai. Quero também o mar, sempre o velho e querido mar, princípio e fim de tudo; ver muito pôr-do-sol, tomar banhos de chuva, cachoeira, lagoa ou rio.
Hoje, escrevo para parabenizar-te, corpo amado. Mesmo próximo da esquina do meio século, ainda lutas por dias melhores. Que persistente – diria, até teimoso - és!
Claro, sabes que os tempos de limitações se aproximam, e, mesmo se preparando, queres ultrapassar barreiras, mudar paradigmas, derrubar ou não deixar que se estabeleçam velhas concepções culturais. Nesta nova bandeira que agora fazes flamejar, há muito amor, respeito, amizade. E consideração, em primeiro lugar por Deus e depois por ti mesmo, pois, se não te amas, quem poderá amar-te? Depois, pelos que cercam a ti, que dividem contigo momentos de lazer, prazer, labuta e dor; pelas verdadeiras amizades, que, com o passar dos anos, sedimentam-se e burilam-se como jóias raras; pelas antigas companhias, eternas sintonias e trocas de energias.
Quero, entretanto, que lembres que estarei sempre contigo analisando as opções; alertando sobre as encruzilhadas da vida; aguçando a sensibilidade; abrindo os canais para que faças escolhas bem conscientes, susceptíveis à lei universal da ação e reação, sem deixar-se iludir pelas miríades da paixão, pelos apelos dos instintos, pelo fascínio apenas da beleza.
Parabéns corpo querido, por não te deixar curvar sob o peso dos anos, pela dor das desilusões, decepções, sonhos desfeitos, esperanças adiadas. Sabes que, após cada tempestade, há um sol radiante; que há um tempo para amar, outro pra chorar; que a chuva pode inundar e a inundação fertilizar; que as estações sucedem-se e nunca estarás sempre alegre ou sempre triste. Respeitas e vives plenamente estes tempos, pois assim é a vida: feita de sucessões, passagens, de surpresas que trazem encantamentos ou pesadelos. E é essa sua riqueza. Que vivê-la com intensidade seja teu lema. Não há mais tanto tempo. Vamos buscar a essência das coisas verdadeiras; descobrir a porção de Deus que há nelas, e, um dia, quando tudo for apenas simples recordações, estaremos unidos, crescidos e prontos para novas jornadas.

Com amor,
Tua Alma.

Ana Cristina Cavalcanti Tinôco




PIADINHA DE VELÓRIO

Estavam conversando três ex-governadores, Zé Agripino, Garibaldi e Geraldo Melo e mais Miguel Mossoró, no velório de Aluízio Alves.

Entre eles, a pergunta era sobre o que queriam que as pessoas falassem na hora em que estivessem no caixão:

Zé Agripino:
- Apesar de ser adversário político de Aluízio, gostaria que falassem que também fui um homem público digno.

Garibaldi:
- Apesar de ser da família de Aluízio, gostaria que falassem que eu tive idéias próprias.

Geraldo Melo:
- Eu gostaria que falassem que fui um tamborete muito alto e que fiz muito pelo RN...

Aí, os três se viraram para Miguel Mossoró e perguntaram:
- Apesar de ainda não ter tido nenhum mandato, o que gostaria que falassem do senhor na hora em que estivesse no caixão?

Miguel Mossoró:
- Pra falar a verdade, a única coisa que eu queria que falassem de mim na hora em que eu estivese no caixão, era: Óia, ele tá se bulindo!

Mário Henrique

por Alma do Beco | 9:30 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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