segunda-feira, novembro 10, 2008

MÃE

Marcus Ottoni


"O avanço da maré, que em alguns pontos chegou a 500m nos últimos 20 anos, segundo relatos de proprietários e moradores, ameaça varrer do mapa construções erguidas em algumas das mais concorridas praias da região, como Pititinga, Muriú, Barra de Maxaranguape e Maracajaú."
O POTI, 09/11/2008

Plínio Sanderson

Nação Potiguar

 

Tu és a linda princesa nordestina

Sobre a margem do velho Potengi;

Os cantares do povo deixam em ti

A cultura com roupas tão divinas.

 

 

Os pintores em telas tão grã-finas

Mostram a alma dum povo a florir,

Pelo tom dum pincel que faz surgir

Os costumes de forma cristalina.

 

 

Foste outrora habitada por guerreiros,

Os caciques, pajés e feiticeiros,

Filhos nobres das terras potiguares.

 

 

Teu sorriso deságua no atlântico;

E "Praeira" enfeita o teu cântico,

Ofertando a canção aos grandes mares.

 

Gilmar Leite




CENTRO CULTURAL
Com a fama de andar meio parado, o Beco da Lama recebe hoje à tarde festa promovida por organização dissidente



BECO DA LAMA TENTA RETOMAR VANGUARDA CULTURAL

Onde anda Gardênia? Por aí. A tarde era quente no Beco da Lama, mas não impedia o pessoal de entornar algumas. Rum, cachaça ou cerveja, tanto faz. Faltavam pouco mais de 24 horas para a grande festa do Gardênia's Day e tanto não havia nem sinal do homenageado como os organizadores confortavelmente batiam um papo cabeça na mesa do bar. Beco da Lama é assim, baby. Não podia ser diferente.

Último reduto da boemia e da "arte de resistência" na cidade vendida dos reis magos, o beco andava parado ultimamente, dizem as boas línguas. Por isso, este respeitabilíssimo Gardênia's Day, que rola hoje a partir das 15h, em frente ao bar de dona Nazaré, no coração do centro histórico, não tem outro motivo senão dar uma sacudida na bagaça. A cantora e compositora Edja Alves será apresentada ao público. Pedro Mendes e Tertuliano Aires ainda farão os seus shows em meio a exposições de fotografia e artes plásticas.

Das veias criativas do Gardênia's Day, não sairá nada além de arte, irreverência e duas siglas. E nem precisa. Como é sabido, os visitantes periódicos do Beco da Lama um belo dia criaram a SAMBA - Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências, em fins da década de 90. Insatisfeito com a pouca movimentação, Eduardo Alexandre juntou-se a outros boêmios e criou a BAMBA - Boêmios Amigos do Beco da Lama e Adjacências.

No entanto, a dissidência não ganhará ares de rivalidade. Para ser sincero, a leveza com que os representantes da BAMBA tratam a questão é hilária. De sacanagem, já rola a onda de criar a MUAMBA - Movimento de Unificação dos Amigos do Beco da Lama. E haja sigla. Eduardo Alexandre resume a história assim. "Tudo parte da irreverência, não existe essa rivalidade. Na eleição passada, teve gente que concorreu pelas duas chapas, sem problema algum", conta, apaontando para o artista plástico Franklin Serrão.

Com certeza, não importa se é a BAMBA ou SAMBA ou a MUAMBA, ou qualquer outra, que faz a festa acontecer nos becos irregulares do centro histõrico. Contanto que aconteça. Natal precisa. Pede. Clama de joelhos. Ao definir a importância do Beco da Lama, Eduardo Alexandre contou ao JH Primeira Edição que os movimentos do beco conseguiram resgatar o centro histórico do abandono e da marginalidade. Do abandono, tudo bem. Mas não da marginalidade. Nada é mais marginal, na cidade do sol, que o Beco da Lama. Mas marginal no bom sentido, de quem está à margem e se coloca como alternativa frente à "cultura oficialesca" de "não me toques" da capital.

E olha que no fim da reportagem aparece Gardênia. De camisa rosa e unhas pintadas, ele posa para a foto com a língua para fora. O pessoal aplaude. Gardênia está com o olho machucado e algum engraçadinho também pintara a foto dele no cartaz, deixando ambos de olho roxo. Irreverência sem limite, Gardênia apareceu. Natal precisa de Gardênia.

Isaac Lira
JH Primeira Edição
08 de novembro de 2008

por Alma do Beco | 7:01 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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Praieira
(Serenata do Pescador)


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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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