terça-feira, abril 10, 2007

DESAFIO EM OITO PÉS

Marcus Ottoni


"Apesar de termos avançado bastante, os primeiros quatro anos também se mostraram decepcionantes, frustrantes e cada vez mais perigosos em várias partes do Iraque".
Almirante Mark Fox, um porta-voz das Forças Armadas dos EUA

Orf

Cabrito


Velas ao mar

Vida demais...
Poesia de menos...

Longe do cais...
Barco sem remos...

Eu, o mar à frente, o sol poente
E o açoite do vento em meus cabelos

Eu, o amor demente, quarto crescente
E a noite a tanger meus pesadelos

Poesia demais...
Vida de menos...

Versos? Nunca mais...
Velas? Não as temos...


Cefas Carvalho


Espartilho

A noite ruge
(como um felino)
Eu, felina!

Ponho uma perna,
a outra.
Mostro a ponta
(do pé)
Tiro o sapato
(cônico, o salto)
Desço a meia
(direita)
Finjo descer
(a esquerda)

Desato o laço
(do lado)
O outro
(desamarro)
Simulo tirar
o preto
(que me cobre)

Fujo
(um pouco)
pra instigar.

Desfaço o botão
(da taça)
Vou tirando,
Libertando
(o que de mim gasta)

Pronto,
Estou pronta
Para o intento!

Maria José Gomes



DESAFIO DE ROCAS QUINTAS
NOS OITO PÉS DE QUADRÃO:

Osvaldo não bote aqui
Nem Jane nem Erondi
Pra fazer um ti ti ti
Dentro dessa lotação
Pois a turma da matraca
Se pular minha catraca
Eu furo o bucho de faca
Nos oito pés de quadrão!!!

Rocas Quintas
O cobradô mais fulêro
do Rio Grande do Norte
Todinho!



Ô seu Graco Legião,
Rocas-Quintas é seu nome?
Pois lhe tenho fé de homem.
Acredito na versão:
Não foi por maldade não
que testara a testa dela
colocando na panela
keitleine e macarrão.

Zé de Zabumba (Lívio Oliveira)



Keitileine é o meu nome,
sou doida por esse hômi,
por ele já passei fome:
Rocas Quintas, vacilão!
Rogo a Graco Legião,
canto Barros de Alencar:
"Prometemos não chorar"
nos oito pés a quadrão.

Tóin do pandeiro (Antoniel Campos)



Lívio deixe de besteira,
Antoniel fez carreira,
Escondeu-se na Ribeira
Com medo de "Legião".
Venha o Beco da Lama,
Todos poetas de fama
Comigo vão comer grama
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
O cantadô mais afamado do Mereto
e redondezas da lagoa do Jacó.

Rocas Quintas seu fulero
Aqui no meu terreiro
Você é um meeiro ( Medeiro)
Com muita pouca tesão. ( com muita servidão.)
Corra toda a Imbiribeira
Se esconda na Tamarineira,
Aqui você vai ficar sem eira,
Nos oito pés de quadrão!

Oswaldo



Seu Orf não me acuda,
Não preciso de ajuda,
Pois eu moro no Arruda,
Traço nêga no Fundão.
Deixe de fogo de páia,
Isso não é sua praia,
Reclame com Márcia Maia
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
"O CABRA MAIS AFAMADO
QUE O BECO DA LAMA VIU!!!"


Dom Graco tem muita goga.
Pensa que faz muita troça.
Mas esse cabra com folga
vai deixar de fazer bossa.
Quer enfrentar toda turma,
quente em brasa de um vulcão.
Ficará de quatro pés
Nos oito pés de quadrão!

Zé de Zabumba


Lívio você tem renome,
Não confunda o meu nome,
Pois não sou o passa fome
Que se chama "Legião".
Levo a vida na catraca,
Tomando leite de vaca,
Comendo muita tabaca
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
O flagelo dos Poetas do Beco!!!


Não me interessa o teu nome,
nem mesmo qualquer alcunha.

Rocas-Quintas? cabra homem?
Ou moça ruim, com mumunha?
Só quero é te repetir:
Se no verso prosseguir,
Tu levarás safanão
nos oito pés de quadrão!

Zé de Zabumba
(Poeta macho, plantador de cardeiro, segurando um trinchete pra cortar versos e outras coisas de um cobrador malandro, lá dos Arrecifes de Sei-lá!)


Tu podes plantar cardeiro,
Diamba pra maconheiro,
Criar bode no chiqueiro
E maniva no oitão.
Mas faça rima direito,
Trate o verso desse jeito,
Pra não perder o respeito
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
O vate mais encardido
que o velho beco pariu!!!



Não quero saber de rima,
casar o quarto e o oitavo,
Mas já tô ficando bravo
com esse azedo de lima.
Faço verso com formão,
ninguém vai me dar palpite,
nem comedor de alpiste,
nos oito pés de quadrão!

Zé de Zabumba
(poeta danado da vida com um cabra que vive de aperrear os outros!)


Cantar com cantor assim,
Nas bandas do Alecrim,
O cheiro do pituim
catingando no salão...
Esse cabra tá com medo,
Volta pra casa mais cedo
Ou fica chupando dedo
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
O vate sem compaixão
de cantadô intrometido

Você já tá tão cansado
que erra até no teclado.
Já soma tanta besteira
nesse papo de parteira.
Mas cuide de outra lição,
que essa ficou estragada,
e não me diga mais nada
nos oito pés de quadrão!

Zé de Zabumba
(danadim de ter que corrigir o cabra Rocas-Quintas, até no computador!)



VALEU, GRANDE LÍVIO!
OBRIGADO PELA COMPANHIA
E PELA PELEJA COM ESSE
PRIZIACA METIDO, VULGO
ROCAS QUINTAS:

Eu havia percebido
Que o cobrador metido
Já andava combalido
Aqui nessa lotação.
Pois brigou com muita gente,
Ficou firme no batente,
Cansou de fazer repente
Nos oito pés de quadrão!!!

Graco Legião




Obrigado, grande Graco, pela briga dos versos e a paz da amizade!!!
Lá vai a derradeira, que o sono bateu forte:


Num sábado d'aleluia,
cruzei com GRACO Medeiros,
inteligente e arteiro,
guardando milhões na cuia.
Fiquei com a alma feliz:
eu me salvei por um triz,
lutei com uma LEGIÃO,
nos oito pés de quadrão!!!


Zé de Zabumba (vulgo Lívio Oliveira)



Epa! Epa! E alto lá!
Que agora vai começar,
na arte de pelejar,
o grande AC do Mourão!
Pra enterrar Legião,
Rocas Quintas et caterva,
que escreva por mim Minerva
meus oito pés a quadrão!

É entre profissionais
que a arenga agora se faz.
Bandeira branca da paz,
digo logo: aceito não!
Eu tou virado num cão!
Também virado num traque,
e essa legião de araque,
não sabe os oito a quadrão!


AC do Mourão. (Antoniel Campos)



Ontem Lívio Oliveira
Passou quase a noite inteira
Levando pau na moleira
Mas aprendeu a lição.
Vem agora Antonié,
Um poeta barnabé,
Feito as pregas de Quelé
Querendo fazer quadrão!

Eu rimo sem arrodeio,
Pois não tenho aperreio
Pra fazer o meu enleio
Com poeta medalhão.
Falo a língua do povo,
Começo tudo de novo
E você baba meu ovo
Nos oito pés de quadrão!
Rocas Quintas
"A chibata do vate doido
no lombo dos poetas do Beco"


Cantador da sua igualha
é como fogo de palha
frente ao meu verso-navalha
se acaba em cinza no chão!
quem peita AC do Mourão
se borra logo nas tintas,
lá vai pisa em Rocas Quintas
nos oito pés a quadrão!


AC do Mourão



Hoje vou tirar diploma,
Vou deixar você em coma,
Deitado, cagando goma
No banco da lotação...
Que poeta mais teimoso,
Tome surra do tinhoso
Com cipó de fedegoso
Nos oito pés de quadrão!!!

Rocas Quintas


Quem avisa, amigo é:
pegue o beco, dê no pé,
que pra cantador chué
não tenho contemplação!
O meu verso é o cinturão
lascando seu espinhaço
e hoje eu tiro o seu cabaço
nos oito pés a quadrão!

AC do Mourão



Poeta peba atrevido
Leva mão no pé d'ouvido,
Se caga, fica fedido
estendido pelo chão.
Você hoje se atrapáia,
Com o peso da cangáia,
Na frente de Márcia Maia,
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
O terror dos poetas do beco!


Vais chamar broca de breca,
catraca chamar catreca,
na frente da sua "réca"
vais passar humilhação!
hoje eu dou-lhe uma lição,
guarde dentro do bisaco,
e agora cate cavaco
nos oito pés a quadrão!

AC do Mourão



Poeta segure o tombo,
Eu vou em Pedro Catombo
Meter o pau no seu lombo,
Calunga de caminhão...
Comigo não tem perdão,
Pode ser em Nazaré,
Eu lhe pego Zé Mané
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
O vate que bate nos poetas do beco




Cresça mais dois "palmo" e meio,
tou vendo seu aperreio
nessa pisa por e-mail
que dá o AC do Mourão!
Vá ver o seu Domingão
ou um filme na Record
que já tá me dando dó
surrar-lhe em oito a quadrão!


AC do Mourão, o tampa da região!



Você entra no cacete,
Filhote de tamborete,
Não pise no meu joanete,
Tire a mão do meu colhão...
Deixe a televisão,
Saia do computador,
São ordens do "cobrador"
Nos oito pés de quadrão!

Rocas Quintas
"The Best"



Você é muito escroto,
Na foto com Calcanhoto,
Ficou espiando "outro"
E a moça estendendo a mão...
Pense num cabra bundão
Se abrindo pro prefeito,
Antoniel tome jeito
Nos oito pés de quadrão!!!

Rocas Quintas
"The King do repente!"




DE GRACO MEDEIROS - APELIDO "LEGIÃO" -
PARA ANTONIEL CAMPOS - VULGO "AC DO MOURÃO":

Antoniel grande vate,
Nós demos um "chocolate",
Foi feroz o nosso embate
Neste choco domingão.
Você briga feito o cão,
Eu não dou folga no laço,
Vai daqui um grande abraço
Nos oito pés de quadrão!!!

*****


Cheguei agora da feira,
amolando a "lambedeira",
no caminho da ladeira,
pra açoitar Legião,
mas troco pelo abração,
pondo fim na cantoria
e lhe louvo a "qualistria"
na arte de oitar quadrão!

hehe

Valeu!

AC

por Alma do Beco | 4:18 AM


Hugo Macedo©

Beco da Lama, o maior do mundo, tão grande que parece mais uma rua... Tal qual muçulmano que visite Meca uma vez na vida, todo natalense deve ir ao Beco libertário, Beco pai das ruas do mundo todo.

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A imagem de fundo é do artista plástico e poeta Eduardo Alexandre©

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